A minha experiência em Moçambique deveu-se exclusivamente a questões de trabalho. A viagem começa no Songo, uma pequena vila moçambicana, a antiga sede do distrito de Cahora-Bassa, na província de Tete. Aqui podemos ver a lindíssima vista através do miradouro da Barragem de Cahora-Bassa (HCB – Hidroelétrica de Cahora-Bassa), que foi construída durante o período colonial português e que se situa no Rio Zambeze.
Aqui podem contar com um bom alojamento no Girassol Songo Hotel, onde existe um profissionalismo de excelência, staff muito simpático e de uma disponibilidade incomparável, além de boas acomodações as refeições do hotel são ótimas, um espaço de lazer, interior e exterior confortável.
Além da estadia nesta Vila por motivos profissionais, fiquei também por longas temporadas na Cidade de Maputo, a capital e a maior cidade de Moçambique. Daqui é possível chegar a várias províncias de forma bastante acessível, como por exemplo Bilene, Inhambane, Ponta do Ouro, Gorongosa, Macaneta, Ilha dos Portugueses, entre muitos outros locais.
Descrevo-os a todos com deslumbrantes praias selvagens, os pontos de mergulho em Inhambane e da Ponta do Ouro muito procurados para desportos náuticos, os Parques Kruger (África do Sul) e da Gorongosa que representam a espetacular vida selvagem, os belos lodges (alojamentos em área selvagem para quem se aventura a conhecer lugares remotos, como florestas, desertos e montanhas) construídos em madeira sobre as águas cristalinas e transparentes do Índico. As águas quentes do mar pedem-nos mergulho descontraídos…
Mas como as viagens de trabalho só possibilitam relaxar durante o fim-de-semana, falemos agora das refeições que essas sim acontecem diariamente. Começando pelos almoços rápidos que podem acontecer no Centro Comercial de Maputo com uma grande variedade de restaurantes ao ar livre ou em alternativa, na chamada Feira onde também se come muito bem e com preços muito acessíveis, frango à zambeziana é uma boa aposta!
No entanto e como nem tudo é mau existem locais deliciosos e onde se pode passar um final de dia bem descontraído, enumero por exemplo o Meia Tigela, onde a dona do local está sempre presente e tem uma alegria estonteante, portuguesa, mas já com este negócio em Moçambique há largos anos, os próprios filhos estudaram e cresceram lá. Neste restaurante recomendo para quem gosta de côco, o famoso Bolo de Côco, é assim qualquer coisa de divinal! Existe também o Mundo’s com um ambiente muito tranquilo, onde se comem deliciosas pizzas e aperitivos, boa comida portuguesa e muito bem empratada. Mais formal, mas igualmente recomendado é o restaurante Manjar dos Deuses com um Caril de Gambas, uma Carvoada mista hmmmmm… só de pensar! Mas não fica por aqui, terminem a vossa refeição com fondant de caramelo ou de chocolate que é de comer e chorar por mais !!!
Falo-vos agora do povo moçambicano que nos conquista pela sua maneira de acolher, pela sua simpatia e sorriso fácil. Os meninos na rua, os arrumadores e até o Sr. Daniel, o nosso taxista, tratavam-nos sempre por “mãe”, que é a forma mais respeitosa que existe de se dirigir a uma mulher.
Dos termos comuns do crioulo aprendi que “maningue nice” é a forma como dizem é muito bom, “Jobamos maningue mas txilamos bué” significa que trabalhamos muito mas curtimos muito, “Tá a matrecar comigo você”, significa estás a enganar-me, etc.
Os transportes mais utilizados são o “chapa” ou a “tchoupela”. Chapa é um autocarro, tchoupela são aqueles carros turísticos que levam duas pessoas atrás.
Caso tenham de ir para Moçambique em trabalho o meu conselho é: aproveitem os fins-de-semana e explorem, vale muito a pena, nem que seja para chegar ao jantar de natal com a nossa família e sermos a única pessoa bronzeada 😊
Patrícia Rodrigues – Consultora
Tenho o sonho de ainda viver meses em Maputo e visitar a sua ilha ainda intacta desde a descolonização.
Olá Filipa!
A Troupi fica feliz por ver que há tantas pessoas interessadas em abrir novos horizontes com viagens tão enriquecedoras.
Quando estiver na hora H teremos todo o gosto em ajudar a planear essa viagem! 😀