Uns dias em Chiang Mai
Chiang Mai é a segunda maior cidade da Tailândia. Foi a primeira capital do país e é, atualmente, o grande centro da zona norte. À semelhança com Bangkok, é uma cidade bastante cosmopolita, onde a tradição e a inovação se cruzam constantemente, mas aqui o compasso é mais lento, mais descontraído e mais leve que na capital.
Chegar de comboio vindo de Bangkok ajuda a que se entre devagarinho no ritmo leve e despreocupado da cidade. A viagem demora cerca de 12 horas e faz-se preferencialmente de noite. Poupa-se uma estadia e junta-se uma deslocação de cerca de 600km.
Existem modalidades para todos os gostos: desde a primeira classe, com cabine privada e cama de casal, a custar cerca de 1500Bhat (à volta de 45€), até à terceira classe, um lugar sentado e sem ar condicionado, pela módica quantia de 270Bhat (cerca de 7€). Isto tudo relativo a um comboio específico (train nº51) que faz a viagem noturna. Numa breve pesquisa, conseguimos perceber que há inúmeras variantes para a viagem de comboio, sendo este comboio o que oferece mais opções. Ainda há a questão de haver um restaurante a bordo, mas que definitivamente não aconselho. É preferível levarem alguma fruta e um ou outro snack com vocês. E água. Bastante!
Na eventualidade de escolherem a opção “beliche”, escolham SEMPRE com a cama de baixo. Tem janela, está mais afastada da luz do tecto (que não se apaga) e tem mais espaço.
À parte destas opções de comboio, a viagem pode igualmente fazer-se de autocarro (demora à volta de 11 horas e pode custar entre 8€ a 20€) ou avião (demora cerca de 1.30h e custa aproximadamente 50€, podendo ficar ligeiramente mais barato comprado antecipadamente).
Acordar de manhã no comboio é mágico. Adormecemos a sair de uma cidade cinzenta e movimentada, cheia de ruído e acordamos no meio da montanha, rodeados dos mais variados verdes possíveis. Cenário incrível. É de aproveitar abrir a janela e tirar a clássica “selfie” enquanto o comboio faz uma curva!
Acordar de manhã no comboio é mágico. Adormecemos a sair de uma cidade cinzenta e movimentada, cheia de ruído e acordamos no meio da montanha, rodeados dos mais variados verdes possíveis. Cenário incrível. É de aproveitar abrir a janela e tirar a clássica “selfie” enquanto o comboio faz uma curva!
A estação de Chiang Mai fica um pouco deslocada do centro, sendo que a opção mais viável e disponível é o Songthaew, uma espécie de pick-up coberta com bancos corridos atrás, algures entre o táxi e o minibus.
Funciona num registo de “hop-on hop-off”, bastando indicar ao motorista para onde se vai e negociar o valor com ele. A viagem da estação para o centro não deverá custar mais de 40Bhat.
Se lá chegarem sem reserva feita em nenhum alojamento, encontrar um sítio decente não será problema. A oferta é enorme e vai do dormitório meio esquisito onde se paga 110Bhat (3€) por cama/noite até ao hotel/spa, que pode facilmente chegar aos 5500Bhat (cerca de 150€) por quarto/noite. Optámos por ficar num hostel com bungalows muito simpáticos, com casa de banho por 400Bhat/noite (cerca de 10€). O bungalow com wc partilhado custa 360bhat/noite (9€) e a cama no dormitório deste hostel custa 180Bhat (5€). Só para ficarem com uma ideia.
Em termos de deslocações, a Old City não é muito grande (atravessa-se do Tha Pae Gate ao Gate oposto em cerca de 30 minutos, a pé) mas sobre rodas ganha-se tempo e a cidade encolhe bastante. A meu ver, o aluguer de scooter ou bicicleta é ideal. Uma scooter pode custar entre 150Bhat a 300Bhat/dia (4€ a 8€), enquanto uma bicicleta fica por 90Bhat (2,5€). A título de sugestão, levem o vosso próprio cadeado.
Como cidade antiga que é (principalmente na zona da Old City, dentro de muralhas), há muita cultura para absorver. Dos templos antigos às galerias de arte, passando pelos mercados de rua noturnos, a oferta não acaba. Dos templos, destaco o central Wat Chedi Luang (o templo mais antigo de Chiang Mai). Pagam-se 40Bhat para entrar e há que ter atenção à indumentária (joelhos e ombros cobertos). Na verdade, esta é uma questão que muitos turistas/viajantes ocidentais parecem descurar, mas creio ser relativamente simples se reportarmos para a vivência do nosso próprio país. Normalmente, não achamos piada a turistas que entram pelo Mosteiro dos Jerónimos ou pela Sé de Braga adentro, de chinelo no pé e máquina em punho a disparar flashes a todos os cantos, certo? Então podemos pegar nesse exemplo e demonstrar mais respeito aos espaços sagrados nos outros países (mesmo que sejam sagrados só para os locais).
Consta que o templo Wat Phra Tha Doi Suthep (na montanha de Doi Suthep) é dos mais incríveis a visitar. Fica a 15 kms da cidade e tem das melhores vistas sobre Chiang Mai. Deixámos para uma próxima visita.
Por falar em montanha, não são poucas as ofertas para passeios nas montanhas circundantes, seja na forma de trekking, sejam passeios de jipe, slide entre vales, rafting nos demais rios, etc. Qualquer uma destas experiências é um “a não perder”. O contacto com a Natureza é imperdível nesta região e a experiência fica bem registada na memória e não só.
Há também uma oferta desmesurada de “passeios de elefante”. Pessoalmente, sou contra a prática dos mesmos, por ser anti-natura (a espinha dorsal de um elefante não está de todo preparada para suportar peso, o que acaba por ser um enorme sofrimento para os ditos paquidermes) e ume enorme exploração. Mas isso fica na consciência de cada um. Basta informarem-se um pouco para ficarem com uma ideia melhor do que falo.
É impossível falar do norte da Tailândia e da cidade de Chiang Mai sem referir o ex-libris da província: a comida!
Não há palavras para descrever a variedade e intensidade de sabores e texturas que abundam em todas as esquinas da cidade: seja na forma de street food (sem dúvida, a melhor aposta para as refeições do dia-a-dia), seja na forma de restaurante gourmet. A relação dos tailandeses com a comida é incrível e isso está implícito no amor que lhe dedicam a toda a hora. Exemplo disso é o facto de se poder comer qualquer coisa (de um pad thai a um fried rice) a qualquer hora do dia. Sugiro como pratos incontornáveis do norte: Khao Soi (sopa picante com noodles fritos), Khaeng Khanun (uma espécie de Tom Yum feito à moda do norte).
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Bruno Pinheiro, Freelancer – Brevemente no Blog do Rosas